sábado, 12 de outubro de 2013

Não deixa a criança morrer.

Eu também já fui criança, mas trago-a dentro de mim;
Fui sapeca, danado, fiz muita arte sim...
Amarrei bombas em gatos, só para vê-los voar;
Fiz tantas besteiras; demais...
Um tempo de inocência, numa cidade pacata;
Onde aprontei, deitei e rolei...
Nada foi por maldade; coisas de sem juízo...
Criança sabe bem pouco, entende como quer.
Um dia acorda, vê, e se arrepende;
Se torna homem ou mulher;
Levando doces saudades, vontades do que não pode;
Carrega pro resto da vida, saudades e amigos,
Que nunca mais irá ver.
Criança dentro de mim, traga-me alegria,
Faz da minha vida, eterna fantasia...
Me faça sorrir quando choro,
Me faça chorar quando rio;
Faça-me entender que o mundo
Também é uma criança;
E que nos momentos mais tristes,
Precisamos ter esperança.
E aqui, vamos lembrar...
Se o cravo brigou com a rosa, eu não estava lá;
Talvez cirandando em qualquer lugar,
Visitando o samba lelê doente.
A se a rua continuasse a ser minha,
Eu mandava consertar, deixando-a tão limpa e linda,
Para todos lá brincar...
Ah, o anel que tudo me destes;
É este grande amor!

Roberto Corazza.

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