quarta-feira, 24 de março de 2010

Ser ou não ser feliz, eis a questão.

Quando se é criança, parece que tudo é muito bonito e maravilhoso, e a tal felicidade é a coisa mais simples.
Bem, estou me referindo aos meus tempos de criança, onde tudo era muito belo e tranquilo, e a paz era evidente, mesmo que não fôssemos privilegiados. Hoje, me parece que tudo está mais difícil , e até as crianças já não são tão felizes quanto naquela época, e se forem de famílias pobres; é quase impossível alcançá-la; se bem que existem as raras exceções.
Lembro-me também de minha juventude, e como estudante e músico, vivi a época dos anos 60, curtindo as boas músicas dos Beatles, Roling Stones, Roberto Carlos e toda a "galera" da Jovem Guarda. Era só felicidade e "curtição" ; uma vida tranquila e sem a presença das drogas, que hoje assolam o mundo, embora tudo tenha o seu início exatamente nos anos 60, com o movimento hippie.
Fizemos muitas músicas, grandes bailes, e shows inesquecíveis, que me deixaram muitas saudades, principalmente dos componentes da Banda The Jetsons, pois sempre fomos irmãos de verdade.
Mas eu me pergunto:
- O que podemos dizer da juventude de hoje?
E passo a responder:
- Acho-a bastante complicada, pois uma série de fatores impedem que nosso jovens sejam tão felizes como o fomos naquela época, pois lhes faltam educação, segurança, trabalho, dinheiro e tudo o mais, tendo ainda que conviver com o uso indiscriminado das drogas.
Na seguência, vem a fase adulta, com o emprego, o casamento, os filhos, e uma série de problemas a resolver, isto já naquela época. Uma luta constante e interminável, em busca de melhores dias, procurando criar os filhos, e dar-lhes uma educação parecida com a que tivemos.
Com tudo isso, o tempo vai passando, e quando percebemos, já passamos dos sessenta anos, mas a luta continua, e os problemas se acumulam. Vem a aposentadoria, mas temos que continuar a trabalhar, até um dia em que não mais conseguimos respirar; e então, eu me pergunto:
- Onde está a tal felicidade?; e então eu me responde:
- A felicidade passou, ou passa nas pequenas ou nas grandes coisas que acontecem, ou foram acontecendo sem ao menos darmos conta: o nascimento de um filho, de um neto, das viagens em família, dos passeios, das festas de aniversários , o convívio com os amigos, e tantas outras pequenas coisas que até não nos lembramos no momento.
- Daí, agora, caí na realidade, pois me parece que estou "chorando de barriga cheia", pois havia me esquecido o quanto fui, ou sou feliz, só destas lembranças. Acho que me ative com as dificuldades do dia a dia, e com a luta incessante para a sobrevivência da atualidade.
Mas neste contexto, eu me pergunto, outra vez:
- E as crianças, jovens e adultos de hoje; será que estão felizes?
- Olha, em certo ponto, acho que uma pequena parcela sim , mas a grande maioria não.
E diante do exposto, acho que está na hora destas pessoas repensarem e procurar a felicidade nestas pequenas e gratas coisas, e passem a enxergar que estas pequenas são grandes, e que poderão nos ajudar a encontrar a tão falada felicidade.
A felicidade completa, parece impossível, mas aprendamos a vivê-la na medida do possível.

3 comentários:

  1. Papito, eu acredito que nossa felicidade nunca pode ser completa, pois enquanto estamos vivos, todo novo dia é uma nova oportunidade de acrescentar mais felicidade aos dias que já se passaram e que também tiveram seus momentos de alegria, ainda que por apenas uns instantes.

    Agora, apesar do mar de problemas que temos, se pararmos um pouco para admirar as coisas simples, veremos quantas coisas boas nos são motivos para sermos felizes.

    Quando crianças temos a percepção maior de felicidade, pois acabamos nos alegrando no pouco.

    Depois fica a dica do texto do Frei Beto, chamado "Passeio Socrático", que explicita bem e sabiamente também um pouco do que você se referiu acima.

    bjkas, te amo!

    Ahhh...estou adorando seus textos....apesar da falta de tempo....quando consigo me atualizo com todos. Por favor, continue escrevendo!!!!

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  2. Talvez este texto retrate o momento, mas em outros texto a baixo posso senti-la em suas palavras, como por exemplo no texto to Ton, vc a retrata com um simples momento, mas de intensa FELICIDADE, talvez " ela " esteja no sorriso de uma criança, no Sol que Nasce ou se põe, talvez a FELICIDADE esteja não no momento, mas esteja nos " OLHOS DE QUE A VÊ " .... Os textos estão OTIMOS, continue assim Papito
    TE AMO !!!!! Filhão

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  3. Achei o texto maravilhoso. É isso mesmo, não nos damos conta de como somos felizes com pequenos acontecimentos e pequenos momentos; pois estamos esperando uma grande felicidade e esquecemos que ela só se completa quando todos os pedaços estão unidos. Adorei..

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